Mariana Goldfarb vive momento de terror em praia do Rio e levanta alerta nacional: “Fiquei com tanto medo…”
Por Redação ExtraViva | Especial para o Brasil em Foco | 22 de maio de 2025
O que deveria ser apenas mais um dia de conexão com o mar e a natureza transformou-se em um episódio de tensão, medo e profunda reflexão para a modelo, apresentadora e influenciadora Mariana Goldfarb. A ex-companheira do ator Cauã Reymond, que frequentemente compartilha momentos de autocuidado, espiritualidade e conexão com o corpo, revelou aos seguidores nesta quarta-feira (21) que passou por um dos momentos mais assustadores de sua vida — sozinha, em uma praia do Rio de Janeiro.
UMA EXPERIÊNCIA MARCANTE EM UM CENÁRIO IDÍLICO
Mariana, que é praticante de meditação, ioga e prega constantemente a importância da presença no agora, estava em um momento de introspecção e tranquilidade. No entanto, em questão de minutos, essa serenidade deu lugar a uma tensão sufocante. Em seus Stories no Instagram, ela revelou:
“Eu estava andando na areia, sozinha, quando percebi dois homens vindo em minha direção de uma forma que me gelou a espinha. O olhar deles, a energia… parecia que o tempo parou. Senti que algo muito ruim podia acontecer.”
O medo tomou conta. Mariana correu em direção a um quiosque próximo, onde encontrou refúgio com a ajuda de um casal de desconhecidos. “Eles me protegeram. Ficaram comigo até eu me sentir segura de novo. Mas ainda estou tremendo por dentro”, declarou com a voz embargada.
TRAUMA E VULNERABILIDADE FEMININA EM ESPAÇOS PÚBLICOS
O caso de Mariana, embora individual, toca em uma ferida coletiva: a constante vulnerabilidade da mulher em espaços públicos, mesmo em cenários que, tradicionalmente, são associados à liberdade e à tranquilidade. A praia — esse símbolo nacional de lazer, descontração e conexão com a natureza — revela-se, mais uma vez, um espaço de ambivalência para mulheres: ao mesmo tempo lugar de prazer e palco de medo.
Psicólogos e especialistas em segurança já vêm alertando há anos: a sensação de ameaça constante molda o comportamento feminino no Brasil. A simples escolha de caminhar sozinha, correr ao amanhecer ou tomar sol em silêncio pode se transformar, a qualquer instante, em uma decisão arriscada.
“Esse episódio mostra que não há lugar sagrado quando falamos da experiência de ser mulher no Brasil”, afirma a socióloga Renata Saldanha, pesquisadora em gênero e cidade. “Mesmo locais públicos e abertos, como praias, carregam dinâmicas de poder e ameaça invisíveis para quem não sofre com isso diretamente.”
A REPERCUSSÃO NAS REDES: SOLIDARIEDADE, MEDO E DENÚNCIA
A comoção foi imediata. Em poucos minutos, o relato de Mariana viralizou. Comentários de apoio vieram de fãs anônimos, influenciadores, artistas e ativistas dos direitos das mulheres. Sabrina Sato, Débora Falabella e Carol Castro foram algumas das celebridades que demonstraram solidariedade. “Você é forte, Mariana. Mas não deveria precisar ser”, escreveu Castro.
Além das mensagens de carinho, houve também uma onda de desabafos. Mulheres de todo o país usaram a hashtag #NãoEstamosSeguras para relatar episódios semelhantes em praias, praças, ruas e até dentro de condomínios residenciais.
MARIANA E A RECONSTRUÇÃO EMOCIONAL
Mariana, que já falou abertamente sobre sua luta contra distúrbios alimentares, ansiedade e depressão, tem se tornado uma voz relevante na promoção da saúde mental e do autoconhecimento. E, mesmo abalada, ela prometeu transformar o episódio em combustível para reflexão coletiva.
“Eu sempre falo sobre escutar a intuição. Hoje, ela me salvou. Mas não deveria ser assim. Não deveríamos viver em constante alerta. Quero usar essa experiência para dialogar com mais mulheres, para compartilhar caminhos de cuidado — e para denunciar aquilo que precisa ser transformado.”
A influenciadora também revelou que irá retomar sua rotina de forma mais cautelosa e que pretende lançar, nas próximas semanas, uma série de vídeos sobre segurança emocional e física para mulheres em ambientes públicos.
UMA QUESTÃO CULTURAL QUE EXIGE RESPOSTAS ESTRUTURAIS
O episódio reacende um debate que, embora antigo, continua atual e urgente: a segurança das mulheres não é responsabilidade individual, mas sim um desafio social e estrutural. Especialistas apontam que o Brasil ainda falha em criar políticas públicas voltadas para segurança em espaços de lazer. A ausência de policiamento em praias, iluminação precária e falta de campanhas educativas são apontadas como fatores agravantes.
Além disso, há um componente psicológico que é pouco discutido: o efeito acumulativo do medo. “O que Mariana sentiu não é apenas um susto isolado. É o acúmulo de anos ouvindo relatos, de vivências anteriores, de uma construção social que nos diz que somos alvos. Isso gera exaustão emocional crônica”, explica a psicóloga clínica Viviane Souza, especialista em traumas urbanos.
E CAUÃ REYMOND?
Apesar da intensa exposição do episódio e do nome de Mariana figurar entre os assuntos mais comentados da semana, o ator Cauã Reymond, com quem Mariana teve um relacionamento de mais de seis anos — e cuja separação foi amplamente noticiada em 2023 —, ainda não se manifestou publicamente. Nas redes sociais do ator, não há qualquer referência direta ao ocorrido.
Fãs se dividem entre os que pedem que ele se manifeste em apoio e os que defendem o direito de silêncio, já que o relacionamento já terminou.
UM CHAMADO À CONSCIÊNCIA
O episódio vivido por Mariana Goldfarb é mais do que uma ocorrência individual. Ele é um espelho da fragilidade estrutural em que vivem milhões de mulheres brasileiras todos os dias. E, como ela mesma declarou, não é o medo que deve prevalecer — mas a coragem de falar, de denunciar e de exigir mudanças.
Enquanto isso, a praia continua lá: bela, poderosa, simbólica. Mas para muitas mulheres, ainda longe de ser um lugar seguro.