ÚLTIMAS NOTÍCIAS: Brasil se despede de Divaldo Franco — O último gigante do espiritismo parte, deixando milhões em lágrimas e uma última mensagem que ecoa como um chamado à eternidade

Por Redação Especial — Salvador (BA)

O silêncio tomou conta do país. Na madrugada desta terça-feira, faleceu aos 97 anos o médium, educador, orador e humanista Divaldo Pereira Franco, considerado por muitos o último grande pilar vivo do espiritismo brasileiro e um dos maiores nomes da espiritualidade mundial. O impacto de sua morte ultrapassa fronteiras religiosas e toca o coração de crentes e céticos, espíritas e não espíritas, crianças e idosos. O Brasil inteiro sente que perdeu mais do que um homem — perdeu uma luz viva.

Mas o que comoveu ainda mais foi o que ele disse poucos dias antes de morrer: uma frase breve, dita em tom sereno, que hoje ressoa com força quase mística e provoca arrepios em todos que a escutam. Um aviso? Um adeus? Ou um convite silencioso à esperança?

Mais do que um líder: um missionário do amor

Divaldo nasceu em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana, na Bahia. Desde jovem, revelou uma sensibilidade espiritual que o acompanharia por toda a vida. Tornou-se médium ainda na adolescência e, ao lado de Chico Xavier, ergueu as colunas do espiritismo moderno no Brasil.

Durante mais de sete décadas, percorreu o mundo proferindo palestras, realizando congressos e espalhando as ideias de fraternidade, vida após a morte e reencarnação. Fundou a Mansão do Caminho, que se tornaria não apenas um centro de caridade, mas um símbolo de compaixão ativa, acolhendo diariamente cerca de 3 mil crianças, adolescentes e suas famílias em situação de vulnerabilidade.

Divaldo também psicografou mais de 600 livros, com milhões de exemplares vendidos, traduzidos para mais de 20 idiomas. E, como fazia questão de afirmar, jamais recebeu um centavo pelos direitos autorais — tudo revertido para obras assistenciais.

“Ele não apenas falava de amor. Ele vivia o amor, respirava o amor, exalava o amor”, disse emocionada a jornalista e escritora espírita Sandra Borba.
“Era como se conversasse com os anjos, e depois traduzisse o que ouviu para os nossos ouvidos humanos.”

As últimas palavras — e o arrepio coletivo

Foi em uma reunião íntima, dias antes de sua morte, que Divaldo disse as palavras que agora parecem proféticas. Rodeado de discípulos e amigos na Mansão do Caminho, ele olhou para o horizonte como quem vislumbrava outra realidade e falou, pausadamente:

“Já escuto os sinos do outro lado. A hora se aproxima… mas não há tristeza, porque o amor não morre. Continuem. Continuem servindo. A luz não se apaga.”

O vídeo dessa fala, gravado discretamente por um seguidor, explodiu nas redes sociais assim que a notícia da morte foi confirmada. A reação foi imediata: milhares de pessoas compartilharam o trecho, muitas chorando, outras relatando “sensações de paz profunda”, e todas unidas pelo mesmo sentimento — a certeza de que Divaldo já sabia.

O impacto da perda — e da presença eterna

Logo após o anúncio oficial de sua morte, líderes espíritas do Brasil e do exterior emitiram notas de pesar. O Papa Francisco, por meio de um assessor, enviou condolências à Mansão do Caminho, exaltando “o diálogo inter-religioso que Divaldo Franco sempre praticou com humildade e sabedoria”.

O Governo da Bahia decretou luto oficial de três dias. A prefeitura de Salvador confirmou que o velório ocorrerá no ginásio da Mansão do Caminho, com entrada aberta ao público. Espera-se que mais de 50 mil pessoas passem pelo local nos próximos dois dias.

Diversos famosos, como Xuxa Meneghel, Lázaro Ramos, Fernanda Montenegro e o ex-presidente Lula, prestaram homenagens públicas. “Ele nos ensinou o que é amar sem esperar nada em troca. Um verdadeiro apóstolo da caridade”, disse a atriz Cássia Kis.

O Brasil que ele sonhou — e nos ensinou a construir

Em tempos de conflitos, desigualdades e incertezas espirituais, Divaldo se manteve como uma bússola moral e afetiva, lembrando que o caminho da humanidade só pode ser trilhado com compaixão.

Nos últimos anos, mesmo com a saúde fragilizada, não parou de falar. Em cadeiras de rodas, com voz mais fraca, continuava sua missão com brilho nos olhos e uma fé inabalável na transformação pelo amor.

“Eu já me preparei para partir há muitos anos”, dizia ele. “Mas enquanto me for permitido, quero servir, amar, ensinar.”

E agora?

Agora, o corpo morre. A missão se cumpre. Mas o espírito segue, como ele sempre ensinou. Para os que o ouviram ao menos uma vez, o eco de sua voz permanece: “A vida continua, meus filhos. A morte não é o fim. O amor… é eterno.”

Hoje, o Brasil enterra um homem, mas guarda um legado.

E, no coração dos que aprenderam com ele, Divaldo Franco não morreu — apenas voltou para casa.