ÚLTIMAS NOTÍCIAS: “Eles desapareceram por anos” — O destino das crianças de A Viagem mudou drasticamente, mas o que mais chocou foi algo que ninguém esperava…
Por Redação Especial | 25 de maio de 2025
Poucas novelas mexeram tanto com o imaginário popular quanto A Viagem, exibida originalmente pela TV Globo em 1994. O enredo, que abordava temas como reencarnação, obsessão espiritual e perdão, tornou-se um divisor de águas na teledramaturgia brasileira. Mas, entre os muitos personagens memoráveis, havia um núcleo que, embora discreto, ficou marcado para sempre: o das crianças.
Elas eram o alívio doce em meio à densidade dramática da novela. Os pequenos atores e atrizes — com seus olhares inocentes e atuações surpreendentemente maduras — encantaram o país. No entanto, após o fim da novela, elas simplesmente desapareceram. Por anos, ninguém ouviu falar delas. Nenhuma entrevista, nenhuma presença em eventos, nenhuma aparição pública. Até agora.
Mais de 30 anos depois, uma onda de reaparições, entrevistas e revelações bombásticas trouxe essas figuras de volta à cena — não como celebridades, mas como pessoas reais, com cicatrizes profundas e histórias que precisam ser ouvidas.
Fama precoce: o peso que nem toda criança consegue carregar
É fácil esquecer que por trás de cada sorriso fofo na tela havia uma criança de verdade, com sentimentos complexos, rotina intensa e uma carga emocional difícil de administrar. Muitos desses jovens atores viviam uma realidade dupla: a idolatria do público contrastava com a cobrança brutal dos bastidores.
João Rebelo, que interpretou o travesso Dudu, revelou recentemente que a fama repentina o deixou completamente desorientado. “Eu tinha 8 anos e de repente era conhecido em todos os lugares. Mas quando a novela acabou, ninguém mais me ligava. A sensação era de abandono, como se eu tivesse sido descartado”, contou em um vídeo que viralizou no TikTok.
Hoje, aos 39 anos, João trocou os estúdios por um espaço de cura espiritual em Minas Gerais, onde atua como terapeuta holístico. Com tatuagens, barba e um ar sereno, ele se tornou irreconhecível para muitos — não apenas fisicamente, mas também emocionalmente. Ele descreve sua trajetória como um processo de “desintoxicação da fama”.
Da tela para o silêncio: as feridas invisíveis do sucesso infantil
A história de Lara Gomes, que viveu a encantadora Bia, também é um retrato dessa transição brutal. Após o fim da novela, Lara tentou continuar na carreira artística, mas encontrou portas fechadas, exigências estéticas absurdas e um mercado que não sabia lidar com crianças crescendo. “Queriam que eu continuasse sendo aquela menininha indefinidamente. Quando comecei a virar mulher, perdi espaço”, disse.
A rejeição gerou um colapso emocional. Lara passou por crises de depressão e distúrbios alimentares, enfrentando anos de tratamento psicológico. Hoje, ela ressurge como diretora de teatro infantil e palestrante sobre saúde mental de artistas mirins. Sua jornada de dor e superação virou referência em projetos que buscam regulamentar melhor o trabalho de crianças na mídia brasileira.
Revelações perturbadoras: quando os bastidores viram pesadelo
A revelação mais grave, no entanto, veio de Melissa Andrade, que teve um papel menor na novela, mas cuja história é a mais impactante. Após desaparecer por completo do radar, Melissa concedeu uma entrevista corajosa ao canal “Onde Anda?” e revelou que sofreu abuso psicológico e sexual nos bastidores da produção, aos 11 anos de idade.
Segundo Melissa, o agressor era um membro da equipe técnica, conhecido nos estúdios, mas protegido por sua posição de confiança. “Ninguém me ouvia. Quando tentei falar, disseram que era fantasia da minha cabeça. Eu era só uma criança, mas o medo que senti foi de gente grande.”
O depoimento gerou comoção imediata nas redes sociais, reacendendo debates urgentes sobre a proteção (ou falta dela) às crianças no ambiente televisivo. A emissora responsável pela novela não se pronunciou oficialmente até o momento.
Destinos diversos: do anonimato absoluto ao sucesso em novas áreas
Enquanto uns enfrentaram traumas, outros optaram por uma fuga silenciosa. Renan Torres, que integrava o núcleo estudantil da novela, mudou-se para a Nova Zelândia ainda na adolescência. Hoje é engenheiro de software e se manteve longe da fama. Em um fórum de fãs, uma ex-colega postou uma foto atual ao lado dele, provocando espanto: “Ninguém reconheceu. Ele parecia outra pessoa. E parecia feliz assim.”
Há também quem tenha se reinventado dentro da própria arte. Mariana Peixoto, que fazia participações esporádicas como aluna da escola, virou professora de teatro e educadora de jovens em situação de vulnerabilidade. Para ela, a experiência na novela foi positiva, mas ressalta que isso não é regra. “Eu tive sorte de ter pais presentes. Muitos colegas não tiveram.”
O reencontro que emocionou (e doeu)
Um encontro recente entre três dos ex-atores mirins em um evento reservado emocionou os fãs. As imagens, captadas por celulares de convidados, mostram abraços longos, lágrimas e um silêncio respeitoso. Não era apenas nostalgia. Era reconhecimento de sobrevivência.
Lara, ao rever João e Mariana, declarou: “É como se fôssemos parte de uma mesma infância que ninguém mais entende. Só nós sabemos o que vivemos. E só agora conseguimos falar disso.”
A cultura que consome e descarta
A trajetória das crianças de A Viagem escancara uma ferida estrutural da cultura brasileira — e global: o modo como tratamos nossos ídolos infantis. O público adora ver crianças na TV, mas raramente se pergunta o que acontece quando a câmera desliga. E a indústria, por sua vez, raramente oferece suporte emocional, psicológico ou educacional para esses jovens após a fama.
A romantização das novelas dos anos 90 esconde um sistema que, muitas vezes, explorava menores sem as garantias mínimas de proteção. Faltava (e ainda falta) regulamentação. Faltava escuta. Faltava humanidade.
Um futuro mais consciente?
A volta dessas figuras ao debate público, agora como adultos com vozes fortes, pode — e deve — abrir caminhos. Projetos de lei que buscam maior proteção para artistas mirins estão em tramitação no Congresso, mas enfrentam resistência de setores da indústria do entretenimento.
Enquanto isso, ex-atores como Lara e João se tornam vozes ativas por mudanças. Não para apagar o passado, mas para dar sentido à dor que viveram. E para garantir que outras crianças não precisem desaparecer para sobreviver.
🔎 “Eles desapareceram por anos. E quando voltaram, já não eram os mesmos — mas talvez nunca tenham sido o que o público projetou. Agora, livres dos roteiros, contam suas histórias com a verdade que a ficção não ousou mostrar.”
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