Na última sexta-feira (16), a atriz Renata Sorrah foi a convidada especial do programa Conversa com Bial e aproveitou o espaço para comentar, com franqueza e sensibilidade, a nova versão da novela Vale Tudo. Em meio a elogios à colega Paolla Oliveira, que atualmente interpreta a icônica personagem Heleninha, Sorrah não poupou palavras ao criticar as constantes comparações com a versão original de 1988. “É enjoado, é chato”, disparou a veterana.
Encontro emocionante nos bastidores do teatro
Renata relembrou com carinho um encontro com Paolla Oliveira em novembro de 2024, quando a atriz foi prestigiá-la em uma peça teatral. Segundo Sorrah, foi um momento de profunda admiração e respeito mútuo. “Fiquei muito feliz com a presença dela. Disse a Paolla o quanto a admiro, como artista e como pessoa. Ela é sensível, generosa e incrivelmente dedicada”, afirmou.
Reconhecimento à nova Heleninha
Durante a entrevista, Renata foi enfática ao elogiar a atuação de Paolla como Heleninha Roitman, papel que ela mesma imortalizou na primeira versão da novela. “Ela está maravilhosa. Estuda, mergulha no papel, se entrega. A Heleninha dela tem verdade, tem intensidade. É uma atriz séria, comprometida com o que faz”, declarou.
Comparações desnecessárias
Apesar dos elogios à nova produção, Renata Sorrah demonstrou incômodo com o comportamento de parte do público nas redes sociais, que insiste em comparar atuações, roteiros e estilos entre as duas versões de Vale Tudo. Para ela, esse tipo de comparação ignora os contextos históricos distintos de cada obra.
“A novela de 1988 foi feita num momento delicado do Brasil. A de agora reflete outro país, outras conquistas, outros debates. Não estamos competindo. Comparar cada cena ou cada personagem desvaloriza o trabalho que está sendo feito hoje. É enjoado, é chato mesmo”, desabafou.
Nazaré Tedesco, memes e o carinho do público
Além de falar sobre Vale Tudo, Renata Sorrah também comentou o sucesso eterno de outra de suas personagens: a inesquecível vilã Nazaré Tedesco, de Senhora do Destino. Ela contou um episódio curioso envolvendo seu sobrinho nos Estados Unidos: “Ele foi reconhecido como parente da ‘Confused Lady Math’. Fiquei pasma!”, contou, rindo.
Renata atribui o fenômeno duradouro de Nazaré à mistura de humor, complexidade e carisma. “Ela era má, sim, mas também hilária. Isso a tornou inesquecível. As pessoas adoram odiá-la, e isso é o melhor sinal de que o personagem funcionou”, explicou.
Reflexão final
A entrevista de Renata Sorrah reforça a importância de reconhecer o valor das novas gerações de artistas, ao mesmo tempo em que honra a memória afetiva que o público tem com produções passadas. Sua fala é um convite à empatia e ao respeito pela arte em constante transformação. Afinal, cada versão tem seu tempo, seu tom e sua força.