O mundo do entretenimento foi abalado por uma onda de tristeza e comoção. Três mulheres conhecidas do público brasileiro, todas com trajetória ligada às telas da Globo, enfrentaram a dor devastadora da perda gestacional — e tudo isso na mesma semana. As histórias de Tati Machado, Micheli Machado e Paula Amorim reacenderam um tema sensível e muitas vezes silenciado: o luto materno antes mesmo do nascimento.
Tati Machado: a segunda perda
Na terça-feira (13), a equipe da apresentadora Tati Machado confirmou a notícia devastadora: a perda do pequeno Rael, seu primeiro filho com o cineasta Bruno Monteiro. O bebê sofreu uma parada cardíaca ainda no útero. As causas do óbito seguem sob investigação médica. O que torna a dor ainda mais profunda é o fato de essa ser a segunda perda gestacional da apresentadora — o primeiro aborto espontâneo ocorreu em 2019.
Tati, que vinha compartilhando com o público a expectativa pela chegada do bebê, recebeu uma onda de solidariedade nas redes sociais. Amigos, fãs e colegas de profissão se uniram em mensagens de apoio à apresentadora, que sempre mostrou leveza e bom humor em suas aparições televisivas, mas agora atravessa um dos momentos mais difíceis de sua vida.
Micheli Machado: silêncio no ventre na reta final
Outra figura pública que enfrentou um drama semelhante foi a atriz Micheli Machado, conhecida por seus trabalhos em novelas e programas humorísticos da Globo. Casada com o ator Robson Nunes, Micheli estava na reta final da gestação quando percebeu a ausência de movimentos do bebê na sexta-feira (9). Em estado de alerta, ela buscou atendimento médico com urgência.
Infelizmente, exames constataram que o feto já não apresentava batimentos cardíacos. No sábado (10), Micheli passou por uma cesárea de emergência para retirar o bebê sem vida. O casal, que já é admirado por sua cumplicidade e amor, agora enfrenta junto a dor de um luto que não costuma ser visível aos olhos da sociedade.
Paula Amorim: dois abortos e o silêncio da dor
A ex-BBB e influenciadora Paula Amorim também emocionou seus seguidores ao revelar, em um desabafo sincero no Instagram, que sofreu duas perdas gestacionais em um curto intervalo de tempo. Após um aborto espontâneo em 2024, Paula e seu parceiro Breno Simões voltaram a enfrentar a mesma tragédia em março deste ano.
Em seu relato, ela descreveu a profundidade do sofrimento:
“A dor é silenciosa, mas intensa, envolve muitas questões hormonais e bagunça tudo. Eu chorava e soluçava, não conseguia parar de chorar.”
A influenciadora ainda refletiu sobre o impacto dessas perdas em sua relação com o Dia das Mães e com o próprio conceito de maternidade: “Agora vejo o quanto a maternidade é frágil, e como tantas mulheres vivem essa dor caladas.”
O luto invisível de milhares de mulheres
As histórias de Tati, Micheli e Paula expõem uma realidade dura e muitas vezes ignorada: a perda gestacional ainda é tratada como um tabu. Apesar de extremamente comum — estima-se que cerca de 1 em cada 4 gestações termine em aborto espontâneo —, o luto materno nesses casos raramente recebe o apoio e a compreensão necessários.
Quando figuras públicas compartilham suas dores, acabam dando voz a milhares de mulheres que vivem o mesmo drama em silêncio. É um chamado à empatia, à escuta e à necessidade de quebrar o silêncio sobre um dos lutos mais solitários que existem.